quarta-feira, 30 de junho de 2010

Você sabe como está sendo utilizado os nossos impostos?

Concordo plenamente com Walter B. de Alencar e você?
OPINIÃO - Espaço do leitor: Jornal A Tarde 25/06/10 (sexta-feira) contra capa.

O TEXTO NA ÍNTEGRA, SEM REEDIÇÃO DO JORNAL!

IMPOSTO QUE PAGO


Na qualidade de contribuinte, assiste-me direito (e até o dever) de protestar contra o encaminhamento dos tributos que pago para construir porto, fazer estradas e reformar a rede hoteleira de Cuba, quando internamente convivemos com carências em segurança, saúde, educação, transportes, infraestruturas – para mencionarmos apenas algumas das principais atribuições do Estado – compatíveis com os mais atrasados países africanos.

Da mesma forma, repudio o investimento a fundo perdido (ou até mesmo se fosse empréstimo) na construção de metrô na Venezuela, quando sofremos essa gritante deficiência intramuros.


Os problemas de Cuba terão de ser resolvidos por Cuba. Se o seu dinástico governo é incapaz para tanto, que a nação se mobilize e o defenestre. Afinal, já passou do tempo de esse país aprender a andar com as próprias pernas, depois de perder a mesada que a URSS lhe enviava, enquanto existiu. Não tem cabimento um país manter-se eternamente sob filantropia.


Se a Venezuela gasta todos os seus petrodólares em armamentos e dissipações outras, não nos compete suprir suas necessidades, até porque não nos sobram recursos.


Ao ocupante da Presidência da República não foi outorgada procuração para sair por aí perdoando dívidas nem malbaratando o Erário formado por extorsiva carga tributária, como se fosse propriedade particular sua, em socorro de suas simpatias ideológicas que decerto não são as de todos os contribuintes. A nação merece mais consideração e respeito.

Os meios de comunicação informam que aqui na Bahia, em 2009, o Estado gastou em publicidade o dobro do aplicado em segurança pública. Tudo indica que neste ano eleitoral de 2010 a soma deverá ser bem mais vultosa. A propaganda da reeleição, custeada pelos cofres públicos, já ultrapassou as raias da mais elástica tolerância, ganhando de cervejarias e fábricas de cosméticos.


Dos nossos parlamentos eunucos e viciados pouco se pode esperar no cumprimento do dever, uma vez que a grande maioria de seus membros está mais interessada em manter privilégios, desfrutar de mordomias e praticar deslizes mais graves. Ocorre-nos perguntar se o Ministério Público não teria meios de chamar esses governantes à responsabilidade perante as barras dos tribunais? E a OAB? E a imprensa? E outras organizações representativas da sociedade? Afinal, estamos vivendo numa democracia ou num regime absolutista onde o rei meu senhor pode tudo? Ou será que a emasculação cobriu toda a nação?



Autor: Walter B. de Alencar.

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